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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

O FUTEBOL VISTO POR UM CARICATURISTA BEM HUMORADO, em tempos de Covid-19


O elefante e o escorpião foram encarregados de organizar um time de futebol para desafiar a bicharada. Procuraram ser imparciais o mais que puderam, mas não conseguiram integralmente seus objetivos. O ego falou mais alto e acabaram deixando pelo caminho rastros de suas tendências pessoais.

O escorpião foi logo querendo ser o treinador, sugerindo a utilização da “TÁTICA DO ESCORPIÃO”, que acabou sendo aceita pela Comissão Técnica. O elefante, por outro lado, consciente do seu peso, preferia mandar. Ele não jogava, mas tinha a chave do cofre.

Depois de uma reunião realizada entre os interessados ficou decidido que para organizar um time de futebol que possa impor respeito, é necessário ter em mente alguns requisitos básicos.                                                                                                                                                                    

Pense primeiro na disciplina e na ordem. Para isso é preciso ser como um técnico que funcione como domador de feras em um grande circo. Se o domador não respeitar as feras ou estas não respeitarem o domador, não haverá qualquer possibilidade de sucesso. Mas é imprescindível também o respeito entre as feras, a Comissão Técnica e a Diretoria. O torcedor só vai abraçar o clube quando estiver seguro. Clube de futebol profissional sem torcida não tem condições para sobreviver.

O segundo requisito é a competência. Primeiro do técnico, que precisa saber escolher os elementos certos para cada posição, inclusive de seus auxiliares diretos que devem integrar a comissão técnica. Não adianta, por exemplo, colocar como goleiro o elefante. Especialmente porque a indicação do macaco parece ser unanimidade. Agilidade, inteligência, segurança para trabalhar com as mãos, podendo ainda contar com o auxílio do rabo. O rabo é fundamental para um goleiro. Mas como o escorpião era titular dos “direitos autorais” sobre a tática que seria utilizada, acabou sendo indicado como reserva do macaco na meta. A comissão entendia até que aquele enorme ferrão, verdadeiro guindaste venenoso, pudesse funcionar como elemento de inibição para os atacantes adversários, mas o macaco era titular absoluto.

− O esquema de jogo: − Quatro de cada lado, como se fossem as pernas do escorpião, e três peças isoladas para dar flexibilidade ao conjunto.

O goleiro é arisco, como vocês viram. Um sagui que joga com os pés, as mãos, o rabo... Mas quando é preciso usa a cabeça.

No centro da estrutura o tigre, (10), comandando o setor de inteligência do time. Aquele que faz a ligação entre a defesa e o ataque. Quem não souber o que é isso, pense no Gerson da seleção brasileira, aquele baixinho que levava vantagem em tudo, com seus passes magistrais que buscavam um avante isolado no lado oposto do campo aguardando o lançamento para o lateral direito, ansioso para fazer o cruzamento ao “Furacão ” que invadia a área velozmente  pelo centro.

Para garantir o municiamento das jogadas ofensivas, e fazer “transição”, um quarteto de respeito com a tarimba de leões para encontrar o jeito sem fazer afobações.

Mais à frente, dois lobos jovens para cuidar da marcação e arrastar o trenó nos momentos em que se vai ao ataque. Logo adiante outros dois lobos ágeis e eficientes no passe, seguindo a orientação do tigre, que controla o andamento do jogo, em contínuo revezamento com um leopardo experiente que já conhece o caminho da mina.

Isolado na frente da meta adversária, um leopardo jovem, ágil e forte, que suba mais do que os outros, para colocar a presa na forquilha mais alta, fora do alcance dos adversários. Esse é o nosso time.

 

GSS/17/09/2020

sábado, 5 de setembro de 2020

O Mundo de Deus

 

(Breve resumo do MUNDO DE  DEUS, com alterações em 05. 09. 2.020.)

Deus é o Criador de tudo, uma centelha inteligente que não teve começo e não vai ter fim. E nenhuma de suas criaturas, por mais inteligente que seja, poderá, ainda que de leve, imaginar os mecanismos que controlam as manifestações do Universo. Os cientistas, filósofos, religiosos, professores, e outros estudiosos, são criaturas de Deus que se orientam na busca da evolução, conforme sua hierarquia e área de conhecimento.

O Gumercindo presume que Deus não iria deixar sua posição de comando para se preocupar com a execução de tarefas menores que podem ser realizadas por seus auxiliares para dispensar atenções especiais ao nosso planeta, pequeno mundo perdido na vastidão do espaço cósmico.

Conta para isso com auxiliares inteligentes o suficiente para administrar o andamento de suas obras e um sistema onde essas coisas se resolvam por si mesmas, a que chamamos de NATUREZA, encarregada das LEIS NATURAIS, e a colaboração do espírito humano para desempenhar as atribuições auxiliares com inteligência e livre-arbítrio para decidir o que bem entender, em tudo que disser respeito a conservação do PLANETA.

Para isto ofereceu-lhe ferramentas e armas de que poderia dispor, e o campo onde a luta poderia se desenrolar. Ninguém nos pode garantir que o espírito humano seja habitante exclusivo do nosso planeta, nem que ele esteja sempre por aqui, quando desencarnado como parte intocável do planeta Terra. Dependendo de sua hierarquia, ele poderia estar a serviço de Deus em qualquer outro plano, em outra dimensão, quem sabe. Para facilitar o entendimento Deus o chamou, abriu uma grande janela com vista para uma enorme região que dominava o vale e mostrou-lhe caudaloso rio que dividia aquela planície em duas grandes metades. E disse, vamos repetir:

− “Este rio é a sua vida. É aqui que você vai fazer a sua caminhada até alcançar o mar, a sua primeira parada, onde você receberá novas instruções para continuar a viagem. Para cumprir esta primeira parte de sua tarefa você terá que se alistar em um dos exércitos que dominam o vale. Para isto recebeu a orientação que precisa, e o livre-arbítrio para decidir o que fazer.

Poderá se alistar na agremiação que quiser. Terá à disposição o PATB, que representa o partido do Amor, do Trabalho e do Bem; ou o PPDF, partido que defende o Poder, o Dinheiro e a Força, algumas vezes desviados de trajetória mais nobre.

Os dois exércitos dominam o grande vale, um de cada lado do Rio, campo de batalha onde a luta se desenrola. Há ali uma guerra permanente entre o Bem e o Mal, onde se misturam bandidos e santos se debatendo nas águas que representam a VIDA.

Não há céu nem inferno, mas há um “Contas-Corrente” escriturado em dia. Só depende de você. E como advertência final acrescentou:

− “Você responderá pelos atos que praticar. Não se esqueça de que as águas que o mar recebe daquele rio representam a eternidade girando sem parar, e vencendo etapas vão se transformar novamente em chuvas que vão encher outros rios para começar novo ciclo”.

Tudo é assim, pensou o Gumercindo. Este é o ciclo do mundo que habitamos. Ciclo do Universo, quem sabe. E do Espírito humano que o integra na rota infinita de seu aperfeiçoamento.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

O JOGO DE XADREZ


O jogo de Xadrez é o retrato de uma época. Ninguém sabe com certeza quem foi que inventou esse jogo espetacular, apreciado nos quatro cantos do mundo. No entanto tudo nos leva a acreditar que o seu criador tenha sido algum general aposentado, familiarizado com estratégias militares e Amigo do REI.
A escolha dos personagens, as funções que exercem no jogo, o nome das peças, o pulo do cavalo, o andamento dos peões, o movimento das torres, a grande avenida que separa os contendores, o andamento do jogo, os movimentos da Rainha e do REI. E o campo onde a batalha se desenvolve. E muito mais.
Tudo isso só pode ter saído da cabeça de alguém com ligações muito próximas do PALÁCIO REAL. É um jogo maravilhoso para desenvolver a memória e a concentração. Simples e complexo como as guerras daquele tempo. Entendo até que deveria ser introduzido no currículo escolar como matéria obrigatória.
Quem sabe jogar xadrez tem em mãos todas as ferramentas para vencer os problemas da vida. Eu sou apenas um “principiante”. Mas o pouco que conheço me deixa claro que o xadrez é como chupeta de criança. DIFÍCIL DE ESQUECER.

*****


AS QUATRO DAMAS DO BARALHO


Há pouco nós falamos sobre o jogo de Xadrez. Agora vamos dar nossa opinião sobre as armas do jogo de baralho. Já naqueles tempos existia de modo bem claro o problema do racismo. Era visível, porém ainda não era crime. Dar emprego para mulheres bonitas era a arma mais utilizada no mundo inteiro. Com a chegada dos DIREITOS HUMANOS, resguardados pelos homens com muito carinho, as mulheres foram à rua e deram o grito de independência.
As damas do baralho ainda são resquícios das coisas daquele tempo. Elas certamente faziam parte daquele grupo privilegiado que trabalhava no PALÁCIO REAL. Cada uma exercia uma função diferente. Ficava bem claro, no entanto, que as funções que ocupavam tinham algo a ver com a cor da pele. Vamos começar pelos trabalhos na cozinha:

− A Dama de PAUS: era a encarregada do fogão. Aquele antigo fogão de lenha... As mãos sujas de carvão. E tarefas compatíveis com as funções de cozinheira.

− A Dama de ESPADA: Essa também era encarregada do trabalho pesado. Desempenhava as funções de guardiã da cozinha, e gerente camuflada da limpeza. Além de ouvidos atentos para atender a campainha, dar guarda pra RAINHA, e outros membros da nobreza.

− A Dama de OUROS: Era a encarregada do tesouro, escondido “lá na casa da moeda”, numa área “submersa” do Palácio.

− A DAMA de COPAS: Essa era uma substituta eventual da Rainha. Uma espécie de RH de grandes empresas. Cuidava de tudo. Tinha poderes especiais para entrar e sair quando bem entendesse.
Prestava contas ao REI semanalmente. A não ser que se tratasse de alguma emergência.
Esse era o estilo utilizado no mundo inteiro. HOJE as coisas estão mudadas. Cada pessoa exerce suas funções em razão da sua competência. Somos todos iguais.

GSS/24/06/20.

sábado, 13 de junho de 2020

DEDICATÓRIA


Minha eterna namorada
Que me abraça pela estrada,
Distribuindo o seu carinho...
Ofereço de entrada
O sorriso de meus versos,
Bem alegres, bem dispersos,
Porque versos não se paga.

Os diamantes ou brilhantes,
As coroas e os turbantes,
A gente deixa pra depois.
O que hoje a gente pensa
É somente a recompensa
Do que serve pra nós dois.

Você é a minha mina,
Não abaixa nem se inclina,
É um amor que vem do Céu...
Quando estamos nessa lida,
Nossa força é dividida...
Mas você é o meu TROFÉU.

Guaracy Sampaio/12/06/20.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

HORTAS PLANEJADAS


Cuidar do seu jardim ou da sua horta é um dos melhores derivativos que você pode encontrar quando os anos começam a incomodar a sua locomoção, ou já não favorecem o desempenho de atividades mais agressivas. A par de manter ao lado de sua casa as verduras ou as flores de que você gosta, essas atividades ajudam a desenvolver o seu prazer de viver, fortalecem seu astral, substituem suas aulas de ginástica, elevam o seu moral, além das vantagens que oferecem na alimentação de seus familiares.
Seus amigos, aquelas pessoas que perambulam pelos corredores dos supermercados na cidade sabem bem do que estou falando. Na sua horta ou no seu jardim, você só planta o que gosta, do tanto que você precisa.
Aprender a lidar com as plantas é mais fácil do que tocar violão, violino, ou qualquer outro instrumento musical. Ainda mais quando tudo vem planejado, do tamanho que você precisa, com as plantas que você gosta, e o manual ensinando o que você precisa saber. Pode ser instalado na cidade, debaixo da janela do seu quarto de dormir; Pode ser lá fundo do quintal, ou eventualmente no sítio, onde você costuma passar os fins de semana.
Na minha horta, por exemplo, você encontra apenas couve, meia dúzia de pés de repolho, alface de dois ou três tipos, almeirão, rúcula, agrião, espinafre, alho poró e cheiro verde (apenas salsinha, cebola e manjericão). Plantas robustas, volumosas, ou aquelas que esparramam pelo chão ocupando muito espaço, deixe para plantar no sítio.
Dependendo do local disponível, suas instalações podem ser de tamanhos pequenos ou médios. Tamanhos maiores escapam do nosso objetivo amadorístico, invadindo uma área profissional. Numa horta doméstica temos que facilitar o trabalho de quem vai cuidar. Todos estes apetrechos você pode encontrar nas lojas especializadas em jardinagem, inclusive sementes, ferramentas e luvas. Não pode faltar uma enxadinha, pequena pá, tesoura de poda, estojo para guardar sementes e outras coisas miúdas, um canto protegido para guardar estas coisas. Agora falta apenas uma mangueira para irrigação ou um irrigador automático. Este pode funcionar como um espantalho de insetos ou pequenos animais. Veneno para combater insetos só em último caso. É perigoso guardar essas coisas em casa. Principalmente onde haja crianças ou pessoas idosas.
Mas o segredo da nossa horta é uma espécie de tabuleiro de tijolos com beirais levantados (mais ou menos trinta centímetros do piso) com canteiros longitudinais, largura máxima de um metro e vinte, e corredores cimentados preenchidos com entulho o fundo, e cerca de vinte centímetros com terra adubada. Isto facilita o trabalho de quem cuida e de quem colhe as verduras, sem pisar no canteiro, facilitando o trabalho a pessoas idosas.
               

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segunda-feira, 1 de junho de 2020

O RETRATO DO ROQUE


Esse Roque é uma história
Que se guarda de memória,
E a HISTÓRIA te agradece...
Se a história é muito boa,
Até o tempo nos perdoa
E a memória não esquece.

Esse ROQUE é um sujeito
Que não tem mágoa no peito
Nem se queixa de ninguém...
Faz bem feito o que é feito,
Faz consertos que tem jeito,
Com a vivência que ele tem...

É pedreiro, eletricista,
Carpinteiro, motorista,
E Jardineiro de improviso...
Ele apanha o seu carango,
Faz as compras para o rango,
E o que mais seja preciso.

Faz a horta e o jardim,
Planta rosas e jasmim,
Põe adubo no canteiro...
Depois faz a irrigação,
Ferramentas no porão
E as tarefas de lixeiro...

É ajudante e é patrão,
Não tem medo de trovão,
Mas respeita o “trovoeiro”...
Tem família onde adormece,
Tem saúde, faz a prece,
E agradece o que é seu...
A saúde, a inteligência,
A indulgência que merece,
E os dons que DEUS lhe deu.

GSS/02/06/2020.

domingo, 17 de maio de 2020

O MUNDO EM QUE VIVEMOS


Nesse mundo em que vivemos
Todo o avanço que nós temos
Se divide em duas partes...
0 que mora em palacete,
Toma uísque, usa colete,
Não é bravo, nem covarde...
O outro dorme no tapete,
Não tem pão, não tem sorvete,
E também não dorme tarde...

São dois grupos diferentes,
Não se “bicam” como gente,
Mas se chocam quando arde...
Um que manda, que domina,
Detém a chave da mina,
E faz tudo do seu jeito...
E outro que traz no rosto,
Carimbado o seu desgosto
E nem sabe o que foi feito.

Mas para encurtar a história,
Eu já guardei de memória,
Quem é mudo, ou faz alarde...
Só no rosto de quem tenta,
De quem faz e não inventa
É que brota esta verdade...
− Agua benta sem pimenta,
Não afeta quem inventa,
Mas os olhos de quem arde.








quinta-feira, 14 de maio de 2020

Por que cartas?


 Porque “cartas” é uma palavra mágica. Um cofrinho de segredos que as pessoas costumam guardar com segurança por uma série de razões.
 A primeira delas é que as cartas não são como nós que envelhecemos a cada momento que passa. Elas têm algo mais para mexer com nossos sentimentos.
Sei que estão correndo sério risco de extinção com a chegada de novos e modernos meios de comunicação que empolgam os integrantes das gerações que estão chegando.  Mas se você fizer uma pesquisa de opinião vai ver que a carta ainda é o xodó dos amores e assuntos proibidos. É o meio de comunicação preferido dos amantes. Quantas e tantas sobrevivem ainda hoje bem amarradas com uma fitinha dourada, como relíquia da nossa juventude. Um pacote de cartas de amor!
E quando a saudade chega você pega tudo aquilo, se tranca no quarto, e vai lendo e relendo pela enésima vez todas as lembranças que encantaram sua mocidade.
Pode parecer tudo isto uma aula de sadismo. Não é não.  É saber lidar com a realidade. Mas não pensem que as cartas são meras alcoviteiras dos amantes. São guardiãs das lembranças mais queridas de nossa mocidade. Tesouro de nossa juventude.
Elas são utilizadas ainda hoje em qualquer tipo de comunicação na indústria, no comércio, qualquer tipo de negócio, inclusive na guerra. A oportunidade determina sua escolha.
A disponibilidade dos meios modernos de comunicação é tão vasto quanto os perigos que corremos com a perda crescente de nossa privacidade. Isto ocorre onde quer que você vá. Na rua, dentro do seu carro, na sua casa, no seu trabalho, no motel, no cinema, na rua onde você mora... Em todo lugar há uma câmera escondida vigiando nossos passos!
Nossas cartas não guardam segredos nem fórmulas mágicas. Nem saudades de ninguém. Qualquer pessoa pode ler. Elas estão aí. São como cartas de baralho da melhor marca disponível no mercado. Era o título de um livro que eu pretendia publicar.
Gss/12/05/2020

terça-feira, 12 de maio de 2020

A Saudade e o Sonho


Tive um sonho medonho
Com resquícios de tristeza,
Mas nunca tive certeza
Se a saudade era um sonho.

Ela era uma rainha,
Mas perdeu a Realeza
Ao desistir com frieza
O galardão que  tinha.

Essa dor que me invade,
E no meu peito inda arde,
Com a ternura que ponho...

Talvez seja a outra metade,
Dessa dorzinha covarde,
− A metade do meu sonho...


sexta-feira, 8 de maio de 2020

QUEM ME DERA SABER?


A vida pra ser vivida
Sempre alegre e divertida,
É necessário suporte...
− Um condutor decidido,
De conceito definido
Poderá ter seu aporte.

Mas se sentir de saída,
Que a jogada preferida
Só dependa de sorte...
Não pode levar a sério
Aquilo que é mistério,
Na vida depois da morte...

Porém, pensar que a vida
Seja assim, tão reduzida
À simples Casa de Aposta...
É pensar como criança,
Em que o prêmio da balança
Não seja o doce que gosta.

Agora, falando sério,
Sem firula e sem mistério,
 Vou lhes dar uma amostra:
− É UM OLHAR PEDINDO PAZ...
A CASAR TUDO O QUE FAZ
COM AQUILO QUE ELE GOSTA.


terça-feira, 21 de abril de 2020

O Galo... a Galinha... E o Galinheiro

Certo dia, certo Galo,
Conheceu uma Galinha
Que já tinha um galinheiro...
A galinha ia e vinha,
Costurava o próprio ninho,
Punha ovos o tempo inteiro.

O Galo não era bobo,
E convenceu a galinha,
Que com os ovos que punha,
Mais os ovos que ele tinha,
Construiria, como supunha,
− Um Galinheiro Novo.

Era só requisitar,
Como chefe que era:
As galinhas que põem ovos,
            Pintos que não têm quirera,   
Os galos que não têm medo,
E os pobres que não têm pão.

O que o Galo não contava,
Nem a Galinha sabia,
É que um exército inimigo,
Feroz e desconhecido,
Estava invadindo a terra...
Matando pintinhos novos,
As Galinhas que põem ovos...
E os galos que não têm medo.


A partir dessa encruzilhada que dividiu a estrada
Entre vírus e Galo; a Galinha e o vírus... e a voz
Que vem do povo. Nós só podemos saber a dupla
 que vai ficar...depois do frigir dos ovos:
            
             − Ou a Galinha e o Galo ...
             − Ou Galinha e Galinheiro.

NOTA:
O Galo é Presidente,  a Galinha é  
Território e o Galinheiro é o Povo.

terça-feira, 14 de abril de 2020

DEUS... O Mundo... e O Homem...


Quando DEUS fez o Mundo,
Fez dois lados diferentes;
Alguns da frente aos fundos,
Outros com fundos à frente.
− Palacetes reluzentes,
E os barracos da pobreza...
Ricos e pobres, se juntos,
Não deixa ninguém contente,
Se a discórdia se aprofunda,
Magoa a vida da gente.

Mas o Mundo tem dois lados,
Com lados bem desiguais...
O do rico que consome,
E o pobre que vem atrás.
Ser rico não é torpeza,
Ser pobre não é nobreza,
== Nós somos todos iguais...
Na riqueza ou na pobreza
Vamos dizer, com certeza,
Não há menos... nem mais.

Ninguém sabe com clareza,
Se as cartas que estão na mesa
São recolhidas do chão...
Para dizer a verdade,
São provas sem validade
Que não pesam bagagem,
Sejam menos ou mais...
O JUIZ se atém à conduta,
No trabalho, e na disputa,
Com as armas que a gente tem
E aquilo que a gente faz...

GSS/12/04/2020.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

O FIM DO MUNDO...e o Coronavirus


Parece que tive um sonho,
Amargo, triste e medonho,
Que parecia uma guerra...
Era uma fera espumante
Com passadas de gigante,
Tentando invadir a TERRA.

Reunimos a família
Para ficar em vigília
Até o bichinho passar...
Mas esse bicho é danado,
Se esconde por todo lado,
Prolifera no ar
E nas rachaduras do chão...

É preciso ter cuidado,
Seguir o caminho indicado
Por quem está de plantão...
Usar máscaras e luvas,
E quando chupar as uvas,
Lavar as mãos com sabão...

O exército dos bichos
Pode ter vindo do lixo
De onde pode respirar...
Pois lá das bases da China,
Ele ataca e domina
A Europa, a Ásia, e o mar.

Vamos deixar de badernas,
De miudezas internas,
E trabalhar com capricho...
Porque com esforço bem fundo
Podemos salvar o Mundo,
Detendo o avanço do bicho.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

O LIVRO

Quando eu era inda pequeno
Gostava de ouvir histórias
Que guardava de memória
Pra não esquecer nunca mais;
Ao tornar-me adolescente
Já pensava como gente,  
E ouvir história é demais...

Eu rascunhava meus livros,
Guardava nos meus arquivos,
Ou jogava os livros fora.
Só mais tarde pude ver
Que não sabia escrever,
Nem ler os livros que eu lia,
Porque o que eu não sabia
Na verdade... Era ler...

Mas com o diploma da Escola
Já tinha alguma experiência,
Um pouco de inteligência
Para entender o “porquê”.
Descobri o que era livro,
Que fez de mim um cativo
Da rainha que é... Você.

GSS/10/04/2020

terça-feira, 7 de abril de 2020

A água, o sangue... E A VIDA


São amigos, são amantes... filhos do mesmo Deus,
São como trigo e fermento pra gente fazer o pão;
Ela é a rainha do mundo, ele é rei de outros reis;
Sem ÁGUA não se vive, sem SANGUE também não.

SANGUE não é sujeira, nem ÁGUA ao limpar o chão,
Não se importa com besteira, seja ela de quem for.
A ÁGUA limpa é a vida da vida, protege seu coração;
O SANGUE só pede ÁGUA... Se o coração sente dor.

SANGUE, equilíbrio do corpo; ÁGUA, sustento da vida;
Se a ÁGUA for dividida, o seu SANGUE não tem saída
Para sustentar a nossa vida, sem Sangue no coração.

ÁGUA E SANGUE são vidas que alimentam nossa VIDA,
Correndo por nossas veias como os carros de corrida,
Sem descuidar dos perigos, nem dos buracos do chão.

GSS/07/04/20.



segunda-feira, 6 de abril de 2020

VIDA EM PEDAÇOS


A vida feita em pedaços 
É para poupar espaços 
Àqueles que vão ficar. 
Olhei de frente pra ela, 
Dei um abraço nela, 
Que começou a chorar. 
    
               Sem pesar o que faço
               Eu dividi meu espaço,     
               E dei um abraço nela...
               Ao retribuir o abraço, 
               Ela me deu o braço
               E o espaço que era dela. 

Ao longo desses espaços, 
Alegrias e fracassos 
Povoaram nosso mundo... 
E em momentos escassos , 
Amarramos nossos laços, 
Investindo em nossos fundos. 

               Porém, no ponto que estamos, 
               Não sei se fico ou se vamos, 
               Nem onde se vai parar. 
               Nessa hora Deus decide 
               Como é que se divide 
               As vagas que vão sobrar. 

sábado, 28 de março de 2020

quinta-feira, 26 de março de 2020

UM GENEROSO ABRAÇO!

Ninguém pode avaliar enquanto dura
Aquela ofensa que surge de repente,
Machucando tanto coração da gente
Por um mal-entendido que perdura.

O único remédio que ameniza e cura
Essa dor imensa que a pessoa sente:
− É o perdão que chega de repente,
A um pedido de desculpa com doçura.

Ninguém resiste um gesto de carinho
Para retirar aquela pedra do caminho,
A não ser que tenha coração de aço...

Mas o remédio sem contraindicação,
Que faz bem à cabeça e ao coração,
− É o gosto generoso de um abraço!

GSS - 25/03/2020

quarta-feira, 25 de março de 2020

VAMOS MATAR O BICHO?



Não era vulcão nem guerra 
Que estava invadindo a Terra
Nas cidades e nos sertões...
O “Bichinho” de quem falo 
Se apresentou num estalo,
Devagar e sem “sermões”. 

Dizem que veio da China,
Onde o povo que domina
já mandou o “bicho” embora...
E sem demora, sem nada,
Ele empreendeu a retirada
E mergulhou mundo afora...

Mas nosso povo é valente,
Coloca a Bandeira à frente,
Abraça alguém e encerra:
Vamos à luta, minha gente,
Vamos matar a serpente
Que invadiu a nossa Terra!

GSS.23/03/2020
                                                                                                 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

ROTEIRO DA FAMÍLIA “SAMPAIO” - ENTRE SÃO PAULO e MINAS



  • ANO DE 1919 – 31 DE MAIO, casamento de JOÃO E ELIZA, que recebeu de seu padrinho, como presente de casamento, um CARTÓRIO DE NOTAS. (Naqueles tempos a competência desses cartórios era globalizada. REGISTROS DE NASCIMENTO, ÓBITOS, CASAMENTOS, REGISTRO DE IMÓVEIS, etc. Não custa informar que tanto a família de JOÃO, como a de ELIZA, eram compostas de fazendeiros falidos. A vó MARIQUINHA, quando abandonou a FAZENDA DO SEGREDO, em Brasópolis−MG e foI morar com uma de suas filhas casadas, levando seus nove filhos pequenos, assumiria um grande risco, caso não encontrasse do outro lado um suporte à altura do seu problema. Tio Juca era dos poucos fazendeiros que não estavam insolventes. Ela acreditava no que fazia, e viveu para contar sua luta de... 105 anos. Do outro lado, na família do JOÃO, da região de ARARAQUARA, São Paulo, havia muitos fazendeiros, inclusive meu avô, José Bernardino do Amaral Sampaio, em grave situação financeira. Morreu ao tentar apartar uma briga em uma de suas fazendas. A maioria dessas fazendas foi sacrificada em razão da quebradeira resultante dos estragos produzidos pela primeira GRANDE GUERRA MUNDIAL – 1914-1918. Especialmente nos anos 20/30.

JOÃO e ELIZA dirigiam o Cartório. Passavam tempo integral entre escrituras, assentamentos variados, e coisas que iam aparecendo. Tudo era novidade e muitas vezes tinham de recorrer aos conselhos do padrinho de ELIZA, que na qualidade de JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE SÃO JOÃO BAPTISTA DO GLÓRIA e chefe político da região era quem dava a última palavra. INCLUSIVE EM ASSUNTOS PESSOAIS. João realizava também os trabalhos externos, exercendo com muita frequência as funções de escrivão de polícia. Nasceram ali os três primeiros filhos do casal.

  • NO ANO DE 1920 NASCEU A MARIA DA GLÓRIA;
  • NO ANO DE 1921 NASCEU A ZÉLIA;
  • NO ANO DE 1923 NASCEU O RUY.
Esse estado de coisas, acima mencionado, feria demais a altivez de JOÃO, que sentindo impossibilitado de ser ele mesmo, começou a beber e jogar cartas, deixando o Cartório praticamente nas mãos de ELIZA.

  • ANO DE 1925 Perderam o cartório e mudaram para IBITINGA.  Ali morava o tio Alcides, que os recebeu de braços abertos, não só pelo desemprego do irmão, mas pelo fato de o Ruy estar muito doente, e a mãe estar esperando outro filho. Tio Alcides era político militante, farmacêutico e Coletor Federal.  Promovido no serviço público, mudou-se para a capital do Estado para assumir o novo cargo, e o irmão (quem sabe?) sentindo-se desamparado, e com mais um filho no colo, mudou-se para Bauru, ali do outro lado do Rio Tietê. Foi nesse ano que eu nasci. Eu ia me esquecendo. NO DIA 07 DE DEZEMBRO. Ainda em IBITINGA.
  • NO ANO DE 1926 (provavelmente nasceu e morreu a Guaraciaba). Sepultada nas proximidades do túmulo de RODRIGUES ALVES, um ex-Presidente da República velha, na cidade de Bauru. − NO ANO DE 1927 – Aquele clássico e famoso telegrama: “Eliza fugiu, segure os filhos”. Nessa ocasião o desespero havia invadido a alma de ELIZA.
  • NO ANO DE 1928 – Nasceu à segunda GUARACIABA, com muitos probleminhas de saúde, e alguém sugeriu que o nome fosse mudado por ser desaconselhável repetir o nome de alguém que morreu.  Minha mãe aceitou o conselho e solicitou a mudança para Therezinha. Mas não adiantou nada. Desorientada com os acontecimentos, principalmente porque estava grávida de novo, voltamos para OURO FINO.
  • NO ANO DE 1929 – Nascia o WELLINGTON naquela casa da Rua Bueno Brandão, ao lado da antiga AGÊNCIA DOS CORREIOS. Em seguida estoura as REVOLUÇÕES DE 30 E 32, que foram os anos da crise mais violenta que o BRASIL já teve que enfrentar.  Além dos problemas que atormentavam o mundo, tínhamos aqui, na porta de nossas casas, violentos combates entre paulistas e mineiros matando irmãos inocentes, principalmente paulistas – que lutavam praticamente sozinhos contra as forças de Getúlio na REVOLUÇÃO DE 1932. Nossa família grande se dividiu ao meio, e o movimento lá fora se tornava cada vez mais hostil contra os paulistas, e meus pais resolveram acionar o tio Alcides novamente para retornar. Eu tinha já sete anos e me lembro bem, logo depois que voltamos e o JUCA, cunhado de Tio ALCIDES, me levantando sobre o muro para ver os “bombardeios” dos teco-tecos “inimigos”.  
  • NO ANO 1933 – NASCEU A LOURDES, ´a R. Piratininga, 219, (Ao lado do parque D. PEDRO II). Com todos esses problemas, tio ALCIDES resolveu fugir da confusão reinante na cidade grande e comprar a FAZENDA PAULISTA, nas proximidades de Piracicaba. Alguns poucos anos de muita alegria e felicidade. Ali nasceu a EVA, filha ardentemente desejada por eles durante tantos anos. Logo a seguir, porém, nossos sonhos começaram a trazer tristezas. Doenças misteriosas atacavam os animais, as plantações eram dizimadas pelas geadas, pelas secas, ou pelos insetos. Não se produzia nem se colhia nada. SECA, EXCESSO DE CHUVA, GEADAS, INSETOS, DOENÇAS MISTERIOSAS, DESÂNIMO GERAL.
  • COMEÇO de 1934 – Diante de tantos problemas, um beco sem saída. --- Era morrer abraçado de um lado, ou saltar do avião sem para−quedas.  --- ARRISCAMOS. Voltamos para Minas Gerais e novamente fomos recebidos com abraços e beijos. JOÃO foi contratado como guarda−livros do tio Juca, e fomos morar na Fazenda das Areias.
  • NO ANO DE 1935, Nasceu JOSÉ GILBERTO, que nos deixou naquele ano mesmo em virtude de doença não diagnosticada.
  • NO ANO DE 1937 – Nasceu a IRANY, ainda nas AREIAS.
  • EM 1940, Já em OURO FINO, nasceu a MARIA ELISA, encerrando o ciclo.

Este apanhado tem por objetivo mostrar como são tortuosos os caminhos da vida em todos os tempos, todos os lugares, quaisquer que sejam os motivos. O que não se deve fazer é perder a esperança. A LUTA SÓ TERMINA QUANDO ACABA − dizia famoso lutador de boxe.

São Paulo, 11 de janeiro de 2020.
GSS