É um finíssimo extrato, cobiçado e raro,
Guardado num vidrinho bem pequeno;
Para senti-lo nem é preciso ter bom faro,
Mas sentimento largo e coração ameno.
Tem o apreço do leitor em toda parte,
(O sentimento, a métrica, sonoridade)...
E se for composto com capricho e arte
Pode até ficar para a posteridade.
Pelos rigores técnicos que se lhe impõem
Raríssimos poetas ainda se dispõem
Porque para compô-lo se há de ter estudo...
E o primeiro entrave nesse passa a passo:
- No cérebro, o mundo; um pequeno espaço,
Mas nesse curto espaço ter que dizer tudo.
Ler é como subir por uma escada em busca de novos horizontes. A cada degrau que você alcança nessa caminhada o seu campo visual aumenta, seus conhecimentos se alargam, e a sua visão do mundo se modifica. Nessa hora você percebe que não está sozinho, tem ao seu lado um exército de assessores invisíveis para mostrar as grandes maravilhas deste “pedacinho” do Mundo de Deus.
Sobre este Blog
sexta-feira, 22 de junho de 2018
quarta-feira, 6 de junho de 2018
SONETO II
Seu corpo etéreo, porém, há de ter alma,
O deslizar sereno, cadenciado sob a mata;
Precipitar-se rápido, ao chegar com calma,
Como água ao despencar de uma cascata...
E o grande estrondo de seu véu de espuma,
A preencher imenso abismo num segundo,
Milhões de gotas a espalhar, uma por uma,
As quais se juntam novamente lá no fundo...
Corpo e alma - agora em forma de fumaça,
- De braços com a neblina que os abraça,
Lentamente se elevam em direção ao céu...
Se a visão do poeta nesta hora for escassa,
Não souber recolher a inspiração que passa,
Não vê fumaça, estrondo, muito menos véu.
O deslizar sereno, cadenciado sob a mata;
Precipitar-se rápido, ao chegar com calma,
Como água ao despencar de uma cascata...
E o grande estrondo de seu véu de espuma,
A preencher imenso abismo num segundo,
Milhões de gotas a espalhar, uma por uma,
As quais se juntam novamente lá no fundo...
Corpo e alma - agora em forma de fumaça,
Lentamente se elevam em direção ao céu...
Se a visão do poeta nesta hora for escassa,
Não souber recolher a inspiração que passa,
Não vê fumaça, estrondo, muito menos véu.
Marcadores:
Sonetos
terça-feira, 5 de junho de 2018
SONETO I
O soneto na poesia é um diamante raro,
Possui um toque de nobreza inebriante;
Prestigiado, elegante, fino trato e caro,
Com carisma sedutor de mil amantes.
Deve ser composto com capricho e arte,
Na medida certa, sem carência ou sobra:
Dois quartetos, quatro versos cada parte;
Mais dois tercetos, terminando a obra.
Sentimento, cadência e linguagem clara,
Intercalada ou seguida a rima rica e rara
Conforme ensinam autores mais diversos...
Tudo isso, no entanto, há de ser disposto
Com elegância, concisão e fino gosto,
– No pequeno espaço de catorze versos.
Possui um toque de nobreza inebriante;
Prestigiado, elegante, fino trato e caro,
Com carisma sedutor de mil amantes.
Deve ser composto com capricho e arte,
Na medida certa, sem carência ou sobra:
Dois quartetos, quatro versos cada parte;
Mais dois tercetos, terminando a obra.
Sentimento, cadência e linguagem clara,
Intercalada ou seguida a rima rica e rara
Conforme ensinam autores mais diversos...
Tudo isso, no entanto, há de ser disposto
Com elegância, concisão e fino gosto,
– No pequeno espaço de catorze versos.
Marcadores:
Sonetos
Assinar:
Postagens (Atom)